Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após a aprovação na Câmara do Plano Nacional de Educação
(PNE), com uma meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto
(PIB) na área, o Ministério da Educação (MEC) divulgou nota informando
que irá estudar as repercussões da proposta. De acordo com o texto, o
ministro Aloizio Mercadante avaliou que o aumento do investimento será
uma “tarefa política difícil de ser executada”.
Atualmente, o Brasil investe 5,1% do PIB em educação. A proposta
original do PNE enviada pelo governo propunha uma meta de 7% do PIB.
Após negociações, o patamar foi revisto para 8%, mas essa proposta foi
recusada pelos parlamentares que compõem a comissão especial que analisa
o projeto.
A pasta informou que vai estudar as implicações financeiras da proposta
aprovada hoje e que aguarda a tramitação no Senado. De acordo com o
MEC, ampliar os investimentos para 10% do PIB “equivale, na prática, ao
longo da década, a dobrar em termos reais os recursos para a Educação
nos orçamentos das prefeituras, dos governos estaduais e do governo
federal”.
“Em termos de governo federal equivale a colocar um MEC dentro do MEC,
ou seja, tirar R$ 85 bilhões de outros ministérios para a Educação”,
disse Mercadante, segundo o texto divulgado pelo ministério.
O relator do PNE, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) disse hoje que a
negociação foi muito difícil, principalmente com a área econômica, mas
que a proposta inicial "não correspondia às necessidades do país".
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