A poucas semanas do fim do ano letivo, o sindicato dos professores da rede estadual do Rio Grande do Sul decidiu nesta sexta-feira decretar greve por tempo indeterminado. A mobilização cobra do governo do Estado o pagamento do piso nacional da categoria, fixado em R$ 1.187 para 40 horas.
O sindicato CPERS (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul) já vinha ameaçando paralisar as atividades no Estado desde o primeiro semestre. Primeiro, se desentendeu com o governo Tarso Genro (PT) por conta de uma reforma da Previdência estadual.
Nas últimas semanas, o sindicato, que é comandado por uma petista, espalhou cartazes por ruas de Porto Alegre retratando Tarso com um nariz de mentiroso. Após a assembleia que decretou a greve, os professores fizeram uma passeata e uma manifestação em frente à sede do governo.
Os professores também são contra um projeto do governo de mudanças na educação, que inclui um novo modelo para promoções e a criação de um mecanismo de avaliação.
Cerca de 1,1 milhão de estudantes serão afetados pela paralisação. O cronograma do Estado apontava o fim do ano letivo para até 23 de dezembro.
O secretário da Educação do Estado, José Clovis de Azevedo, diz que a decisão dos professores é "absurda", "unilateral" e banaliza o instrumento de greve. "O governo não tem mais como reajustar salários neste ano", afirma.
Azevedo fala que o governo Tarso mantém o compromisso de campanha de pagar o piso até o fim do mandato, em 2014. Diz ainda que o Estado já pagou uma reposição de 10,8% em abril deste ano.
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